ATA DA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 26.03.1996.
Aos vinte e seis dias do mês de março do ano de mil novecentos e noventa e seis reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e vinte e oito minutos, constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão destinada à entrega do Prêmio Jornalístico Maurício Sirotsky aos Jornalistas Iria Waleska Gautério Pedrazzi e Luiz Birnfeld Figueiredo e ao Repórter Fotográfico Leonid Strelaiev, nos termos do Processo nº 419/96, de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a MESA: o Vereador Isaac Ainhorn, Presidente desta Casa, Jornalista Vera Guimarães, representando a Procuradoria-Geral do Estado, Major Carlos Roberto Amador, representando o Comando da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Senhor Jayme Sirotsky Sobrinho, Presidente do Conselho de Administração da Rede Brasil Sul, Senhora Iria Waleska Gautério Pedrazzi, Senhor Luiz José Birnfeld Figueiredo e Senhor Leonid Strelaiev, homenageados, respectivamente, e o Jornalista Ercy Thorma, Vice-Presidente da Associação Riograndense de Imprensa. Em continuidade, o Senhor Presidente disse da satisfação da Casa pela entrega da Primeira Edição do Prêmio Jornalístico Maurício Sirotsky Sobrinho, idéia e iniciativa do ex-Vereador Frederico Barbosa, referindo-se às belezas de nossa Cidade retratadas e descritas nas obras dos homenageados. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Senhores Vereadores para que se manifestassem sobre a presente homenagem em nome das Bancadas. O Vereador Giovani Gregol, pelas Bancadas do PT e do PC do B, referiu-se à importância da comunicação e do trabalho desenvolvido pelo patrono deste Prêmio, enfatizando a seriedade, honestidade e competência dos comunicadores premiados. O Vereador Luiz Braz, pelas das Bancadas do PTB e do PPB, fez referência ao impulso dado a sua carreira de comunicador por Maurício Sirotsky Sobrinho, dizendo que o prêmio concedido aos homenageados faz com que esta Casa se reintegre à grande discussão que deverá ser travada a respeito da Cidade. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Werner Zots, Diretor-Editor da Revista Mares do Sul. A seguir, a Vereadora Clênia Maranhão, em nome da Bancada do PMDB e da Mesa Diretora da Casa, parabenizou o ex-Vereador Frederico Barbosa e a Mesa Diretora da Casa pela entrega da Primeira Edição do Prêmio Maurício Sirotsky Sobrinho, dizendo que Porto Alegre, na data de seu aniversário, homenageia três pessoas que constróem de uma forma muito especial o cotidiano da Cidade. O Vereador Pereira de Souza, em nome da Bancada do PFL, externou sua satisfação por poder participar desta solenidade, agradecendo aos homenageados o estímulo que transmitem através de seu trabalho. O Vereador Lauro Hagemann, em nome da Bancada do PPS, referiu-se à importância do momento atual, onde os meios de comunicação são cada vez mais valorizados, significando a concessão deste prêmio aos homenageados a inauguração de uma nova etapa do processo de comunicação social de Porto Alegre. O Vereador Antonio Hohlfeldt, falando em nome da Bancada do PSDB, reportou-se à necessidade de se destacar os trabalhos jornalísticos ligados à Cidade de Porto Alegre, elogiando a beleza e emoção presentes nas obras dos homenageados. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao ex-Vereador Frederico Barbosa, idealizador do Prêmio Maurício Sirotsky Sobrinho, que agradeceu o gesto de fidalguia do Senhor Presidente, dizendo da sua satisfação em poder participar da entrega deste prêmio àqueles que foram considerados os melhores. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Jornalista Jayme Sirotsky, que disse da justiça da premiação ora concedida e da relevância da comunicação para a construção de uma sociedade melhor às vésperas do terceiro milênio. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou as Senhoras Suzana Sirotsky Melze e Sônia Sirotsky Forster para procederem a entrega do Prêmio Maurício Sirostky Sobrinho, categoria Fotografia, ao Jornalista Leonid Strelaiev; o Jornalista Telmo Flor, Diretor-Secretário do Correio do Povo, para entrega do Prêmio Jornalístico Maurício Sirotsky Sobrinho, categoria Reportagem, ao Jornalista Luiz Birnfeld Figueiredo, e o Jornalista Werner Zots para entregar o Prêmio Jornalístico Maurício Sirotsky Sobrinho, categoria Reportagem, à Jornalista Iria Waleska Gautério Pedrazzi. É feita a entrega dos prêmios. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos agraciados. A Jornalista Iria Waleska Gautério Pedrazzi agradeceu a homenagem recebida, a qual deixou-a profundamente emocionada, e disse da importância de mostrar e aproveitar o belo dentro do momento conturbado que vivemos. O Jornalista Leonid Strelaiev externou seus agradecimentos pela homenagem recebida e reiterou sua disposição de continuar produzindo, com o seu trabalho, um mostruário do Rio Grande do Sul, especialmente de Porto Alegre. O Jornalista Luiz Birnfeld Figueiredo disse que sentia uma alegria muito grande por ser agraciado com o presente Prêmio, externando sua disposição de dar cada vez mais atenção às coisas que se relacionam com Cidade de Porto Alegre. Às dezesseis horas e cinqüenta minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a 3ª Sessão Solene, a seguir. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Isaac Ainhorn e secretariados pelo Vereador Fernando Záchia. Do que eu, Fernando Záchia, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Damos por aberta a presente
Sessão Solene destinada à entrega do Prêmio Jornalístico “Maurício Sirotsky
Sobrinho”, decorrente das Resoluções 959 e 1247, da Câmara Municipal de Porto
Alegre, aos Jornalistas Luiz J. Biernfeld Figueiredo, Iria Pedrazzi e Leonid
Strelaiev.
Fazemos o
registro da composição da Mesa: Sr. Presidente do Conselho de Administração da
RBS, Dr. Jaime Sirotsky; Sr. representante do Comando da Brigada Militar, Major
Carlos Roberto Amador; Sra. representante da Procuradoria-Geral do Estado,
Jornalista Vera Guimarães; Sra. Iria W. Gautério Pedrazzi, uma das homenageadas
e contempladas neste prêmio; o Jornalista Luiz J. Biernfeld Figueiredo, também,
junto com Leonid Strelaiev, que na tarde de hoje recebem o prêmio jornalístico
“Maurício Sirotsky Sobrinho”; o Vice-Presidente da ARI, Erci Thorma; o
Editor-Chefe do Jornal “Zero Hora”, Lauro Schirmer; o Editor-Secretário do
“Correio do Povo”, Jornalista Telmo Flor; dos jornalistas, dentre outros que
aqui prestigiam esta solenidade, Jornalista Carlos Bastos e Walter Galvani; a
Sra. Suzana S. Melzer e Sônia Sirotsky, filhas dessa ilustre figura querida do
nosso Estado e que leva o nome do Prêmio que hoje é entregue; o ex-Vereador
Frederico Barbosa, que foi o autor da Resolução que, em 1988, criou o Prêmio
Jornalístico “Maurício Sirotsky Sobrinho”.
(Lê.)
A Câmara Municipal de Porto Alegre, através de seus
integrantes, sente-se honrada no momento em que dá inicio à entrega da primeira
edição do Prêmio Jornalístico “Maurício Sirotsky Sobrinho”. Esta é, com
certeza, mais uma forma de reconhecimento ao imenso valor de um homem que soube
fazer da determinação e da sensibilidade atributos voltados ao bem-estar de sua
comunidade, que também é a nossa. Maurício fez mais que do que criar uma
empresa de comunicação que hoje é orgulho nacional. Ele criou amigos, desbravou
fronteiras, modificou mentalidades e lançou sementes de justiça, fraternidade e
dinamismo que frutificarão para sempre entre nós como exemplo a ser seguido.
Feliz a idéia e a iniciativa, em 1988, do então
Vereador desta Casa, Frederico Barbosa, ao encaminhar o pedido para que fosse
instituído o Prêmio Jornalístico “Maurício Sirotsky Sobrinho”, como uma maneira
de premiar o profissional da imprensa de nossa Cidade por trabalhos destacados
em sua área. Feliz também a decisão da Mesa Diretora que, sob a Presidência do
Ver. Luiz Braz, assinou o Projeto de Resolução que nos dá hoje esta satisfação.
Aos jornalistas que hoje recebem a merecida
distinção os nossos cumprimentos. A beleza de nossa Porto Alegre está retratada
no levantar de um vôo, captado pela sempre mágica câmera de Leonid Streliaev. A
magica fica transparente nas reportagens dos jornalistas Iria Waleska Gautério
Pedrazzi, da “Zero Hora” e Luiz José Biernfeld Figueiredo, do “Correio do
Povo”.
O Arroio Dilúvio, cenário que integra a nossa Cidade
como uma veia a derramar-se no Guaíba e que tantas preocupações tem gerado em
todos que sabem de sua importância para a vida da Capital, é recuperável. Se
alguma dúvida disso tivéssemos, ela deixou de existir no momento mágico de
integração da natureza mostrado na foto publicada na Revista Ecos, em sua
terceira edição. Gostaria de registrar também os nossos cumprimentos à editora
da revista quadrimestral de saneamento básico, Jornalista Maria de Lourdes da
Cunha Volff, que inscreveu a foto para disputar o prêmio. Com toda certeza,
resgatar o Arroio Dilúvio será um desafio a ser vencido com mais garra depois
desse resultado obtido pelo Fotógrafo Leonid Strelaiev. Belo e bravo Guaíba!
Tem razão a Jornalista Iria Pedrazzi ao afirmar em sua matéria, publicada no
número cinco da Revista “Mares do Sul”, de Santa Catarina, que a história de
Porto Alegre começa navegando pelo Rio Guaíba. Foi através de suas águas que em
1752 casais de açorianos aqui chegaram e com a paixão dos desbravadores deram
início à cidade que hoje abriga seus filhos legítimos e adotados, com o mesmo
amor com que foi construída. É sobre o nosso Guaíba que em todos os finais de
tarde o sol vem se debruçar, brindando a todos os que possuem o privilégio de
viver ou visitar Porto Alegre com o mais bonito pôr-do-sol de nosso planeta.
Registro aqui os cumprimentos pela merecida distinção. Parabéns.
Mais uma vez, como parte integrante da historia viva
de Porto Alegre, retratou a nossa capital pelas mãos e capacidade do Jornalista
Luiz José Figueiredo. A nossa cidade merece o carinho e a importância que
recebeu desses destacados profissionais da imprensa gaúcha que, por sua vez, se
pudesse falar, com certeza diria sentir-se orgulhosa em tê-los como seus
filhos.
Aos familiares do nosso saudoso, mas sempre
presente, Maurício Sirotsky Sobrinho, a Câmara Municipal registra com esta
solenidade o respeito pelo homem que foi e será sempre, antes de qualquer outra
coisa, um jornalista que transformou o seu sonho em nossa realidade.
Queremos, igualmente, registrar a satisfação desta Casa de fazer a entrega dos prêmios no dia de hoje por ocasião da solenidade a ocorrer também no dia de hoje, às 17h, onde a Câmara Municipal estará prestando uma homenagem; em sessão solene, aos 224 anos de criação da Cidade de Porto Alegre. A vida de Maurício, a fundação e a criação de Porto Alegre, a entrega desse prêmio a esses jornalistas, tudo isso se constitui num momento de grande importância e emoção para esta Casa, que é a representação política maior da nossa querida Cidade, que hoje comemora mais um ano de vida.
Passamos a palavra ao Ver. Giovani Gregol, que fala pelas Bancada do PT e do PC do B.
O SR. GIOVANI GREGOL: (Saúda os componentes da
Mesa.) É uma satisfação e uma honra para nós representarmos aqui as Bancadas do
Partido dos Trabalhadores e do Partido Comunista do Brasil. O último deles, que
não é o meu partido de filiação, comemorou ontem mais um ano de história. Nós
temos também a satisfação e a honra de governar, nos últimos oito anos, esta
Cidade de Porto Alegre e, portanto, nos dá mais satisfação, levando isso em
conta, nesta perspectiva, estar aqui hoje para homenagear três profissionais
destacados, fotógrafo Leonid Strelaiev, os jornalistas Iria Waleska Gautério
Pedrazzi e Luiz José Biernfeld Figueiredo, que residem, certamente, em Porto
Alegre, e a Casa que representa o povo de Porto alegre, através desta primeira
edição deste prêmio, tem chamado, na área cultural, política, da sociedade
civil como um todo, na área da comunicação, tem chamado a atenção para
trabalhos que ela considera de primeiro escalão e que têm contribuído muito
para o desenvolvimento da nossa comunidade. Também queremos reafirmar, como já
foi dito pelo nosso Presidente, que desta forma, indiretamente, homenageamos a
própria Cidade, que nesta semana comemora os 224 anos de fundação. Quero também
lembrar o sempre saudoso Maurício Sirotsky Sobrinho, homem que reconhecemos de
grande importância e de fundamental liderança em nosso Estado, em nossa Região
Sul, na área empresarial, comercial, mas, fundamentalmente, na área cultural e
na área da comunicação, que é justamente o objetivo maior desta premiação que a
Câmara faz neste momento, porque a própria comunicação é inerente ao ser
humano. Não é à toa que o ser humano, ou como alguns querem, o animal humano,
se sobressai dos demais pelo seu potencial de comunicação. Isso já dizia o
“velho” chamado Frederico Barbosa, também Barbosa, homônimo do nosso
ex-Vereador, que teve a grande idéia de propor a esta Casa que concedesse
anualmente esse prêmio: o famoso Chacrinha - “quem não se comunica se
trumbica”, - ele, com aquela simplicidade e poder de síntese que tinha,
brincando, disse uma coisa fundamental.
Sabemos que a
comunicação é fundamental para a condição humana e se torna cada vez mais
importante, estratégica, nas relações sociais, inclusive como componente
elementar e estrutural da própria rede social do tecido social. De forma cada
vez mais clara e enfática, a comunicação social como um todo não se faz
sozinha. Ela se faz através das pessoas que trabalham, que labutam, como os
três homenageados que temos aqui hoje. A comunicação define os rumos da nossa
sociedade. De certa forma, é o próprio poder da sociedade, esse poder que no
passado se baseou, e ainda se baseia em parte, no poder econômico, em alguns
momentos no poder armado, militar, mas cada vez é menos assim, cada vez se
baseia mais – o próprio equilíbrio social – no poder da comunicação, que é
fundamental para a democracia, democracia que o nosso País passou a ter e que
queremos todos nós, do nosso partido, as empresas, as instituições, manter e
aprofundar, dentro de uma visão crítica e autocrítica que temos muito que
avançar. Estamos bem melhor que tempos atrás, mas a exemplo de outros povos,
temos muito que avançar. Queremos uma democracia cada vez mais representativa,
mas queremos cada vez uma democracia participativa.
Sobre as obras
que venceram essa primeira edição da premiação não vou me delongar, até porque
o Presidente já citou. Elas são do conhecimento público. Apenas quero enfatizar
aqui duas coisas. Primeiro, a seriedade, honestidade, competência desses três
comunicadores, desses dois jornalistas e desse fotógrafo, o que não é nenhuma
novidade. Nós estamos, na realidade, homenageando aqueles que já são
reconhecidos por tal entre seus pares, estamos enfatizando isso à Cidade. E, em
segundo lugar, também recordar que eles estão, de forma direta, tratando das
coisas da nossa Cidade, principalmente daquelas coisas que o Criador nos cedeu
e que nós temos o dever de conhecer, de amar, e só podemos amar aquilo que
conhecemos e, amando, o dever de preservar, que é o nosso rio, nossos arroios,
nossas belezas naturais. Belezas naturais essas que Leonid espalhou para o
mundo, que ele mostrou mais uma vez nessa bela revista que mostra coisas
lindas, principalmente do nosso Sul do Brasil, das nossas belezas naturais e
culturais. E o José Biernfeld Figueiredo, através do “Correio” e outros tantos
órgãos que ale já comandou, também tem ajudado a conhecer e, portanto,
preservar.
Eu quero concluir lembrando Saint-Hilaire, quando, em uma das suas obras, “A Primeira Viagem à Província de São Pedro” ele dizia que Porto Alegre, naquela época em que ele a conheceu, era um dos locais mais belos que tinha conhecido, inclusive comparando a nossa Cidade, seu rio, seus morros, suas belezas, à Cidade do Rio de Janeiro. E é tudo isso que nós queremos preservar. Agradecemos aos três homenageados, à Presidência e aos presentes e queremos estar juntos aqui, no ano que vem, homenageando outros profissionais da mesma estatura e que tenham contribuído tanto quanto vocês para o engrandecimento da nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os
componentes da Mesa.) Vejam só que na história deste Prêmio Jornalístico
“Maurício Sirotsky Sobrinho”, de acordo com o que foi aqui contado, o Ver.
Frederico Barbosa fez com que esse Projeto de Lei fosse aprovado no ano de
1988. Eu fui Presidente desta Casa no ano de 1994 e nesse ano nós nos
surpreendemos, porque entrávamos em contato com um texto da lei que não era,
até então, colocado em prática. Lemos o texto de lei e, realmente, achamos que
era uma matéria que deveria imediatamente ser reestruturada pela Casa, ser
novamente um motivo para que esta Casa pudesse manifestar-se. Nós, então,
procuramos os amigos da ARI e com a sua diretoria conseguimos fazer com que o
texto pudesse ser regulamentado. Mas, antes de regulamentarmos o texto, nós
fomos procurar a diretoria da RBS. Nós precisávamos consultá-los para saber se
esse Prêmio “Maurício Sirotsky Sobrinho”, colocado em prática, seria do agrado
daqueles que seriam homenageados através do seu Presidente.
Fizemos a
consulta a todas essas pessoas e assim conseguimos oferecer um projeto de
regulamentação que foi inscrito pelo pessoal da ARI. Não foi escrito por nenhum
técnico desta Casa, foi escrito pelos jornalistas que compõem a diretoria da
ARI, aos quais eu rendo a nossa homenagem, a homenagem desta Casa, a homenagem
da Cidade.
O Maurício
Sirotsky Sobrinho, para mim, que sou da área de rádio, sou da área de
comunicação, foi uma pessoa extremamente importante. Até 1981 eu era um
comunicador desta Cidade que fazia algum tipo de sucesso em emissoras
populares, mas era pouco conhecido em toda a Cidade. Em 1981 consegui conhecer
essa pessoa, que julgo extremamente extraordinária, iluminada no campo da
comunicação. Ele me ofereceu a grande oportunidade de ser um dos apresentadores
da Rádio Farroupilha, que era do sistema da RBS. Naquela época conheci algo que
até então não conhecia: conheci alguém que tinha, como filosofia de empresa, de
comunicador, fazer com que os homens que tivessem ao seu lado pudessem ser
destacados. E eu fui, pela primeira vez, destacado em uma empresa, na qual
trabalhei por um ano e oito meses, que foi a Rádio Farroupilha, quando
pertencia à Rede Popular. Com essa medida, deixei de ser um apresentador
simples, limitado, conhecido apenas por algumas pessoas, passando a ser
conhecido por toda a Cidade.
Uma das coisas
fantásticas neste homem foi, quando iniciava a minha caminhada na Rádio
Farroupilha, a visita que ele me fez no estúdio, enquanto apresentava o
programa. Era uma coisa nova numa relação. Várias vezes, como apresentador do
Carnaval de Porto Alegre, recebi os cumprimentos, em plena avenida, do Maurício
Sirotsky Sobrinho. Eu o via como uma pessoa iluminada como comunicador.
Ora, quando
peguei o Projeto de autoria do Ver. Frederico Barbosa, entendi que era a forma
de a Cidade se comunicar através de textos, fotografia, prosa e de verso. Hoje
me sinto como deve se sentir o Ver. Frederico Barbosa: extremamente compensado,
quando vejo as matérias que foram premiadas por esta Casa. Strelaiev, que está
acostumado a ganhar grandes prêmios, inclusive, a participar de exposições
internacionais, tenho certeza absoluta que vai guardar com muito carinho o
prêmio que esta Casa está lhe oferecendo hoje, porque este prêmio é realmente
uma coisa histórica, não pelo fato de ser o primeiro, mas pelo fato de que esta
Casa está se reintegrando, a partir deste projeto, na grande discussão que deve
ser travada a respeito da Cidade. Esta matéria fabulosa que a Iria Pedrazzi
escreveu na revista “Mares do Sul” retrata muito bem o Guaíba, tanto naquilo
que ele estava sentindo naquele momento em que escrevia o texto como também faz
com que nós possamo-nos aproximar daquele panorama exuberante do Guaíba e ver
que nós temos uma necessidade de rediscutir o Guaíba. Lembro um trecho da
reportagem da Iria quando ela escreve assim: “Muito se tem falado sobre o
Guaíba, muitos projetos têm sido feitos, muitas resoluções têm sido feitas,
muitos planos têm sido feitos; de prático, absolutamente nada.” Eu acho que
esta Casa, através dessa reportagem, desses textos, dessas fotografias
magníficas, tem a responsabilidade de se reintegrar nesta discussão, de fazer
com que essas maravilhas de nossa Cidade possam, mais uma vez, ser entregues ao
nosso grande público. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Registramos a presença dos Vereadores Elói
Guimarães, Milton Zuanazzi, Edi Morelli, Luiz Braz, Pereira de Souza, Giovani
Gregol, Clênia Maranhão, Antonio Hohlfeldt, Lauro Hagemann. Nós queremos também
registrar a presença, nesta Sessão Solene de entrega das premiações, do
Diretor-Editor da Revista “Mares do Sul”, Werner Zots.
A Vera. Clênia
Maranhão esta com a palavra pelo PMDB.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: (Saúda os componentes da
Mesa e os convidados.) Inicialmente, queria parabenizar o ex-Vereador Frederico
Barbosa pela iniciativa e parabenizar também a Mesa Diretora desta Casa pela
entrega da primeira edição do Prêmio “Maurício Sirotsky Sobrinho” ter
acontecido no dia do aniversário de Porto Alegre. A entrega do prêmio acontece
no dia do aniversário de nossa Cidade que, neste dia, homenageia três pessoas
que constroem de uma forma muito especial o cotidiano de Porto Alegre.
Primeiro, a
nossa querida Iria Pedrazzi, que reafirma Porto Alegre de uma forma tão
maravilhosa. (Lê.)
Tem razão a
Jornalista Iria Waleska Gautério Pedrazzi, quando escreveu que nem mesmo a
inescrupulosa poluição a que foi submetido o rio Guaíba consegue anular a sua
sedução. A bela reportagem de Iria, publicada na Revista “Mares do Sul”,
retrata com sensibilidade o rio que encanta Porto Alegre.
Iria Pedrazzi iniciou sua carreira jornalística como
revisora do Jornal “Zero Hora” em 1979. Depois de atuar em veículos de
comunicação no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, também fez reportagens
para o Jornal Brasil Today, na Califórnia, Estados Unidos. O Prêmio
Jornalístico “Maurício Sirotsky Sobrinho” é o terceiro de sua carreira.
Parabéns, Iria!
Leonid Strelaiev, Uda, é mestre em retratar a alma
do gaúcho! Com mais de um milhão de quilômetros rodados por todo o interior do
Rio Grande do Sul, ele sabe como ninguém mostrar para o Brasil – e até para o
mundo – o povo, a paisagem e os costumes do gaúcho.
O número 3 da Revista Ecos, do Departamento
Municipal de Água e Esgotos de Porto Alegre, traz em sua capa uma foto de
Leonid, que ilustra uma reportagem sobre a luta pelo resgate do Arroio Dilúvio
de Porto Alegre.
Fotógrafo há 27 anos, Uda começou sua carreira no
Jornal “Zero Hora”. Em 1974 foi escolhido o Fotógrafo do Ano pela Associação
Paulista do Críticos de Arte. Já expôs seu trabalho por todo o Brasil, além de
Nova York, Londres, Paris e México. Também são de sua autoria as fotografias
turísticas do Rio Grande do Sul que ilustram o material de divulgação da
Secretaria de Turismo na Atual Administração. Parabéns, Leonid!
O Jornalista Luiz Figueiredo dispensa maiores
apresentações. Chefe de reportagem e secretário de redação do Jornal “Correio
do Povo”, Figueiredo começou a sua carreira como repórter do extinto Última
Hora, em 1963. Desde então, atuou em quase todos os veículos de comunicação de
Porto Alegre e também em Santa Catarina. E não foi apenas na mídia impressa que
Figueiredo se destacou. Seu nome é lembrado também nas rádios e emissoras de
televisão por onde passou.
O Prêmio de Jornalismo “Maurício Sirotsky Sobrinho”
é atribuído hoje a Figueiredo pelos cadernos especiais Os 100 Anos de um Jornal
da Cidade, publicados pelo “Correio do Povo” entre 1° e 8 de outubro do ano
passado. Parabéns, Figueiredo!
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver. Pereira de Souza em
nome do PFL.
O SR. PEREIRA DE SOUZA: (Cumprimenta os componentes
da Mesa.) Para mim é uma satisfação muito grande e até uma casualidade estar
aqui neste dia em que pude substituir o grande Vereador do meu partido,
Reginaldo Pujol, que gostaria de estar neste momento presente, nesta data. Mas
a sorte me facultou estar aqui entre amigos, principalmente para relembrar o
Jayme, que está aqui presente, e, principalmente, o Maurício, com quem convivi
e acompanhei toda a sua carreira e de todos aqueles que o acompanharam, desde o
inicio, pelas lutas que hoje podem ser flores, mas que, naquela época, eram
espinhos. Mas a bravura e o denodo da equipe liderada por Maurício redundaram
no que hoje estamos vendo acontecer. Se fôssemos dizer dos préstimos do
conjunto RBS para o Rio Grande do Sul e para o País, levaríamos toda a sessão e
mais algumas sessões.
Queria lembrar
o meu correligionário Barbosa, que, por dez anos, foi Vereador e teve essa
idéia, que no diploma aparece, com muito mérito, o retrato do Maurício Sirotsky
Sobrinho. Isso é muito importante para nós. Queria, mais uma vez, agradecer aos
três premiados e dizer que tudo o que fizeram por Porto Alegre não foi em vão:
está sendo um estímulo para que os próximos o façam. E mais, para que a
posteridade reconheça, nos seus trabalhos, tudo que nós temos obrigação, como
cidadãos porto-alegrenses, de fazer pela nossa Cidade, pelo nosso Estado e pelo
nosso País. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para
falar em nome da Bancada do PPS.
O SR. LAURO HAGEMANN: (Saúda os componentes da
Mesa.) É muita honra para esta Casa e felicidade dos Vereadores poder, nesta
tarde, homenagear três ilustres figuras da comunidade da comunicação. E
particularmente para mim é muito grato, porque por muito tempo fui membro dessa
comunidade e me considero integrado a ela, embora hoje já afastado das lides
profissionais. Porto Alegre, através da sua Câmara, por iniciativa do Ver.
Barbosa, institui este Prêmio “Maurício Sirotsky”. A simples menção do nome de
Maurício é a garantia de que o prêmio significa muito para a nossa Cidade. Fui
contemporâneo de Maurício, sei de suas lutas, até aonde chegou a empresa que
ele ajudou a estruturar e fundar e o que significa, hoje, para a Cidade, para o
Estado. Mas Porto Alegre e sua Câmara de Vereadores começam também com esse ato
a ingressar numa fase da história em que o processo de comunicação começa a ser
mais valorizado.
O comunicador,
que homenageamos três deles dos mais expressivos, é o cidadão que no futuro
terá uma grande responsabilidade pela coesão social, por manter as comunidades
onde atua num estado de interação. Não é por nada que se diz que o próprio
milênio – ali adiante, na volta da esquina – será a época da comunicação, da
informação. A moeda mais valiosa e preciosa que o homem terá à sua disposição é
justamente a informação; e através da informação é que o homem vai governar o
mundo, e isto é motivo de preocupação e de um alerta aos companheiros que hoje
são homenageados para que prossigam na atividade em que até hoje se mantiveram,
perquirindo, exatamente, o que acontecerá com o homem de amanhã como membro de
uma sociedade, em função do poder extraordinário que terá a comunicação, a
informação.
Não é por nada
que já estamos assistindo a entidades no mundo inteiro, aqui, perto de nós, a
começarem a tentativa de hegemonização da informação, e isso só poderá ser
contraposto pela atuação dos participantes desse processo que são os
comunicadores; eles é que serão o contraposto a esta tentativa. É uma matéria
que está sendo estudada, perquirida, com muita curiosidade, sem uma base
científica ainda muito aprofundada e aprimorada, mas que começa a despertar
essa curiosidade. Tenho dito, e nunca é demais repetir, que o futuro dos homens
em sociedade vai depender muito da atuação desses profissionais da comunicação.
Historicamente, tivemos a fase dos bacharéis, dos técnicos e hoje a fase dos
economistas. Está chegando a hora dos comunicadores nesse processo de renovação
do ciclo de comando da sociedade. Por isso temos que ter essa compreensão, essa
responsabilidade que vai pesar sobre nós.
A mais jovem
das homenageadas é a Iria Pedrazzi. O Strelaiev é homem conhecido na sua
atividade. O Luiz Figueiredo, trabalhamos juntos. Por isso, como membro desta
Casa, me sinto muito à vontade para saudá-los e dizer que o Município de Porto
Alegre, o Prêmio “Maurício Sirotsky Sobrinho” que, pela primeira vez, esta
sendo concedido, inaugura uma nova fase do processo de comunicação social de
Porto Alegre. E com uma profundidade maior do que aquela que podemos imaginar.
Meus parabéns aos três. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador é o Ver. Antonio Hohlfeldt pelo PSDB.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Saúdo o Ver. Isaac Ainhorn,
Presidente desta Casa, e através dele, a todos os demais componentes da Mesa.
Destaque especial ao Dr. Jayme Sirotsky, Presidente do Conselho de
Administração da RBS, que representa o homenageado, aquele que batiza o Prêmio
que hoje pela primeira vez entregamos na Casa. E aos nossos três companheiros
homenageados, vencedores dessa premiação.
A Vera. Clênia
chamava a atenção da data de hoje, a coincidência do aniversário da Cidade. Há
uma série de coincidências que nem o Ver. Frederico Barbosa, nem as sucessivas
Mesas que trataram da matéria poderiam imaginar. Saímos de uma emoção de hoje
pela madrugada em que torcíamos pelo “Quatrilho” lá longe, que levaria o nome,
não só do cinema brasileiro, como deste Estado. Comemoramos o aniversário da
Cidade, marcamos os dez anos de passamento de Maurício, mas, sobretudo, eu
gostaria de chamar atenção de que o fato de se instituir um prêmio com o nome
de Maurício, que pretende destacar trabalhos jornalísticos ligados à Cidade de
Porto Alegre, exatamente, homenageando alguém que veio de fora, que é
descendente de imigrantes que aqui chegaram para construir um novo espaço e a
ocupação de uma nova área, me parece que o proponente foi extremamente
inteligente e sensível. Maurício não é apenas um pioneiro da área da
comunicação, como bem disse o Ver. Luiz Braz, mas foi, sobretudo, um
descendente de um grupo de pessoas que deixaram a sua Pátria e escolheram um
outro para construir uma outra Pátria. E não satisfeitos com esse espaço inicial,
na região de Erexim, em Passo Fundo, voltara e se deslocar, chegando à Capital,
e aqui começando de novo e se tornando literalmente vencedores. Adotaram esta
Cidade, pessoal e profissionalmente. Um prêmio de jornalista, portanto, com
esse nome evidencia aquilo que acho – Figueiredo, com quem cruzei tantas vezes
ao longo da minha vida profissional na Caldas Júnior, com o magro Uda, com que
temos cruzado tantas vezes e a Iria, que tenho o prazer de conhecê-la hoje,
pessoalmente, nesta tarde – evidencia aquilo que todos nós, que somos da
comunicação, temos que ter: paixão pelas coisas que fazemos. E paixão tem a
ver, exatamente no termo original de “páthos”, com a emoção; se não tivermos
emoção, não vamos produzir textos, não vamos produzir imagens. A emoção do Uda,
todos nós sabemos, ela se traduz em contraste de luz. Certamente, Leonid tem
algumas das mais belas fotografias já produzidas no Rio Grande do Sul, e isso
não diminui o trabalho de outros fotógrafos profissionais que aqui temos. O Uda
foi quem captou, provavelmente como ninguém, essa coisa tão diáfana que nós
temos em outubro, no outono, que é toda a serra gaúcha, que, aliás, é o encanto
da fotografia do filme do Barreto que foi destacado ainda ontem na programação
que o Galvani comandava lá, na Rádio Guaíba, acompanhando a transmissão do
Oscar desde os Estados Unidos. Figueiredo tem uma história fantástica no
jornalismo gaúcho. Enfrentou diversos órgãos em crise, ou apresentou projetos
novos que conseguiram dar um salto de qualidade na construção do jornalismo no
Rio Grande do Sul e no Brasil. É uma experiência riquíssima, profissional. E a
Iria me faz encontrar uma pessoa que, como não a via há tantos anos, podia ter
cruzado e não teria reconhecido, que é Werner Zots, que responde por essa revista
onde sai a matéria publicada e que é um dos maiores escritores deste País,
sobretudo no texto dirigido às crianças. Os textos do Werner são realmente
fantásticos e não é por acaso que enquanto jornalista ele acaba se dedicando a
matérias que tocam na questão da paisagem, do meio ambiente e dessas coisas tão
sutis que são as emoções que nós guardamos quando viajamos para determinados
lugares e trazemos de volta não só a imagem da fotografia, mas, sobretudo, a
imagem da memória, da lembrança das coisas lá vividas.
Portanto, é
muito feliz não só a idéia do prêmio como do batismo desse prêmio. Não só o
objetivo do prêmio, que é a própria Cidade de Porto Alegre, quanto a época, a
data escolhida para entregá-lo. Sobretudo, tem sido muito feliz o fato de que,
através dos trabalhos aqui apresentados, nós começamos a compor, de fato, o
retrato concreto, o retrato múltiplo de coisas que nos rodeiam e que muitas
vezes não nos damos conta que estão aqui ao nosso lado. Nós tantas vezes temos
falado do Rio Guaíba poluído, o Rio Guaíba exilado – quero usar os termos que a
Iria utiliza em sua matéria, apropriadamente – e não nos damos conta que,
apesar de tudo, esse Rio Guaíba está se recriando e se renovando, e esses
pássaros fotografados pelo Leonid exatamente evidenciam isso, ali, na saída do
Arroio Dilúvio, onde todos nós passamos diariamente e que hoje tem outro tipo
de população, diferente, marginais sociais, humanos convivendo com pássaros
belíssimos que há menos de cinco anos não tínhamos naquelas águas.
Figueiredo conseguiu
contar uma historia centenária do “Correio do Povo”, um história que ninguém
melhor do que o Galvani acompanhou – afinal de contas, acabou de produzir um
livro também sobre o mesmo tema, mas com uma linguagem ágil, fragmentada,
própria de um jornal como hoje se faz em Porto Alegre. É um conjunto de
aspectos que, me parece, evidenciam como foi importante o fato de que a Casa
tenha decidido que o julgamento do prêmio caberia a uma comissão técnica
formada pela nossa Associação Rio-Grandense de Imprensa, aqui representada pelo
Ercy Thorma. Está aí a responsabilidade da ARI, que se integra mais uma vez em
alguma coisa da Cidade; esta aí a responsabilidade de nós todos, Vereadores,
que votamos a proposta do Ver. Barbosa, a responsabilidade desta Casa que faz a
ponte com todas essas coisas.
Realmente, hoje
é uma tarde importante e apenas nos resta agradecer, em nome da população de
Porto Alegre, em meu nome do nosso Partido, o PSDB – que não por acaso tem a
imagem do tucano como símbolo, pássaro bem brasileiro –, ao Leonid, à Iria e ao
Figueiredo esse carinho, essa paixão pelas nossas coisas. Muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Passamos a palavra ao ex-Vereador Frederico
Barbosa, que falará como idealizador do Prêmio “Maurício Sirotsky Sobrinho”.
O SR. FREDERICO BARBOSA: (Saúda os componentes da
Mesa.) Dizem ainda, em alguns momentos, que não existe mais fidalguia neste
mundo; a minha presença nesta tribuna, certamente, é um gesto de fidalguia do
amigo presidente desta Casa e da Mesa Diretora desta Casa, pois quebro o
protocolo e volto a falar aqui depois de ter deixado esta Casa há oito anos. No
momento em que saí, deixei apenas dezenove pronunciamentos nesta tribuna, para
cumprir o milésimo pronunciamento daquela época. Volto agora graças ao
Maurício; volto para dizer a todos que uma madrugada maldormida, às vezes, é
muito ruim. Pois esta madrugada e as minhas, que começam depois da cinco,
tomando mate, surgiu com a idéia primeira de um prêmio na busca de um pequeno incentivo
para que se pudesse retratar melhor a Cidade de Porto Alegre, seja no texto, na
voz, na fotografia, ou de qualquer maneira. Depois dessa madrugada, veio a
dúvida sobre qual o nome. Aí, não sei definir. Não sei, Jayme, não sei, Sônia,
não sei, Suzana. De repente, quem sabe porque ele escolheu Belém Novo para
botar o sítio, eu estava lá desde os nove anos de idade, amando aquela terra e
aquela estrada, que tantas vezes fiz aquele percurso. Não sei. Só sei que
achei, naquele momento, que ele merecia, e resolvi fazer, resolvi quieto achar
que ficaria bonito, de que no fundo do diploma que me foi mostrado outro dia
gentilmente pela Câmara estivesse a fotografia do Maurício. E assim, atendendo
a essa idéia que surgiu, a Câmara aprovou. Nos últimos instantes, tentei
consultar vozes que representavam muito mais do que eu a Cidade de Porto
Alegre. Um está aqui, o Ver. Lauro Hagemann que, lembro muito bem, consultei no
dia em que o Jayme, pela manhã, era o orador quando se inaugurava o busto do
Maurício aqui no parque, porque foi naquela tarde, às duas horas, que
protocolei esse Projeto de Resolução. Aqui está o Lauro, a quem eu consultei
ainda na última hora sobre o que poderíamos colocar. Outro que homenageio junto
com o Lauro é o Werner Becker, com o qual conversei para, me inspirar nas
filigranas do Projeto. E assim foi feito, assim foi protocolado e, graças a
Deus, hoje, depois de oito anos, estamos a entregá-lo. Quem seria eu, depois de
todos esses pronunciamentos, para fazer qualquer consideração sobre os homenageados?
Na época, se fez o Projeto no sentido de que uma comissão competente pudesse
julgar. Pois fico feliz pela Iria, com quem não tinha eu ainda conversado, o
Figueiredo e o Leonid, com quem já nos pechamos tantas vezes por aí. Fico
extremamente satisfeito. Não sou eu, mas a Casa em si, a comissão, aqueles que
julgaram é que estão a dizer que os melhores, no momento, para receberem o
Prêmio “Maurício Sirotsky Sobrinho” estão nessa Mesa. Só posso dizer muito
obrigado, meu caro Presidente, por fazer-me retornar nesta semana,
estraçalhando o meu coração num momento, Ver. Gregol, em que a pressão não está
muito boa. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Jornalista Jayme Sirotsky,
Presidente do Conselho de Administração da RBS e irmão daquele que leva o nome
do prêmio.
O SR. JAYME SIROTSKY: (Saúda os componentes da
Mesa.) Senhoras e Senhores, queridas Sônia e Suzana, meus companheiros da RBS e
em especial e muito carinhosamente Iria, Figueiredo e Uda, que são os
homenageados desta tarde, com muita justiça, diga-se de passagem. Os Senhores
Vereadores desta Casa que nos é tão cara, que aqui estiveram representando as
Bancadas neste momento de homenagem, registraram por variados ângulos o sentido
deste encontro que estamos fazendo evoluir. Em alguns desses pronunciamentos
ficou evidenciada a importância da comunicação. O Ver. Gregol reiterou que a
comunicação é fundamental à democracia. Os companheiros que o sucederam, Luiz
Braz, Clênia Maranhão, Antônio Pereira de Souza, querido companheiro, colega e
amigo Lauro, Antonio Hohlfeldt, e o ex-Vereador e autor da proposta que titulou
este prêmio de uma maneira que nós, da família Sirotsky e da família RBS, nos
sensibiliza tanto, Frederico Barbosa, também deixaram evidenciar este aspecto.
Aliás, diga-se de passagem, o Frederico, que há oito anos não fazia uso desta
tribuna, mostrou que por algum lugar anda mantendo a forma, porque continua
sendo um bom tribuno. Em todos houve este norte comum da importância da comunicação
para a democracia e em todos houve a referência da responsabilidade que vem com
esta importância. Como disse o Lauro: “o milênio que se avizinha”, e está
realmente logo ali. Nós, com os nossos cabelos brancos, possivelmente o
veremos. O Clovis, com os brancos mais jovem do que os nossos, mas estará por
aí também. Estaremos vendo o desenvolvimento desse conceito. Realmente vivemos
um novo mundo, um mundo que se apequenou, em que as informações são partes da
nossa alimentação do cotidiano quando aqui se menciona a excitação que muitos
de nós estávamos vivendo ontem à noite quando esperávamos o resultado de um
programa que estava sendo transmitido em Los Angeles e que, naquele momento,
era assistido por mais de um bilhão de pessoas e no qual se destacava a
capacidade artística de muitos lugares do mundo e, orgulhosamente, para nós, se
destacava a capacidade artística dos brasileiros que destacavam o nosso Rio
Grande. Agora, no dia três de maio, se comemora o Dia Mundial da Liberdade de
Expressão. Estaremos em Paris, nesse dia, com a UNESCO e as entidades que
constituem o comitê coordenador das entidades que defendem a liberdade de
expressão no mundo, dando ênfase a este momento que, para nós, tem uma
significação muito especial, porque o Maurício, que titula este prêmio que
vocês tão merecidamente estão ganhando, nos ajudou a perceber na formação, na
estruturação da RBS, a importância dessa responsabilidade mencionada pelos
Senhores, e o aprofundamento desta cultura está aí. Passados os dez anos da
morte prematura do Maurício orgulhosamente podemos dizer que estamos
continuando, crescendo, evoluindo, buscando novos caminhos, mas preservando os
valores que dignificam a boa informação, numa convivência com essa comunidade
que nos permite chamar a muitos dos que estão aqui presentes pelo primeiro
nome, que nos permite entender as desavenças, que nos permite compreender o
contraditório, que nos permite o exercício daquilo que todos desejamos que se
expanda: uma cidadania cada vez melhor. Em dezenove de maio, no primeiro dia do
49º Congresso Mundial de Jornalismo, que acontecerá este ano em Washington,
promovido pela Federação Internacional do Editores de Jornais e Federação
Mundial de Jornais, estará sendo homenageado com o principal prêmio distribuído
por aquela entidade um jornalista daqui das Américas. É Indamiro Restano Dias,
um cubano que luta pela liberdade de expressão, que representa dentro daquela
sociedade, que é única neste novo despertar da América Latina que ainda não
oferece aos seus cidadãos a efetiva liberdade de expressão... Ele luta para que
seja reconquistada. Mas isso não é um apanágio de um regime ligado a um viés
ideológico; ele está por aí, está nas sociedades teocráticas com esse
fundamentalismo que assusta e apavora e que não permite que se exercitem as
liberdades individuais. Ele está nas autocracias de direta, lá do Oriente, em
que ainda está o poder absoluto a viger sobre cada um dos indivíduos.
É isso que nos
faz pensar na efetiva importância do trabalho que desenvolvemos. E, se pudermos,
vamos aprofundar cada vez mais dentro da nossa casa, porque só assim todos nós
vamos encontrar a efetiva validade no bucolismo das fotos do Uda, nos registros
da Iria ou do Figueiredo, que, por vezes, serão do lado belo, mas que, em
outras tantas, inevitavelmente, serão do lado feito das nossas sociedades. Essa
é a nossa função: mostrar o que acontece, com isenção, buscando a verdade, com
as limitações naturais dos homens, mas, sempre que possível, com honestidade,
com sinceridade, com dignidade, como tiveram os homenageados desta tarde.
Eu agradeço,
Sr. Presidente, a oportunidade que nos é oferecida e digo-lhes, com muito
orgulho, que a caminhada prossegue, ela é atemporal. Lamentavelmente, as
pessoas vêm e vão, nascem e morrem, algumas até cedo demais, como foi o caso do
Maurício, mas as bandeiras estão levantadas e alguém as empunha e carrega, e se
pudermos fazer com que sigam na mesma direção, certamente, um pouco mais
adiante, no virar da lineada deste terceiro milênio, vamos ter uma sociedade,
certamente, que será melhor que a de hoje.
Um vez mais
parabéns aos premiados e o nosso orgulho de que o prêmio tenha o nome do
Maurício. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Nós convidamos as Senhoras Suzana Sirotsky
Melze e Sônia Sirotsky Forster, para fazerem a entrega do prêmio, na categoria
de Fotografia ao Jornalista Leonid Strelaiev.
(É feita a
entrega do Prêmio.)
Convidamos o
Diretor-Secretário do “Correio do Povo”, Jornalista Telmo Flor, para fazer a
entrega ao Jornalista Luiz J. Birnfeld Figueiredo do Prêmio “Maurício Sirotsky
Sobrinho” na categoria de Reportagem
(É feita a
entrega do prêmio.)
Registramos a
presença neste Plenário dos Vereadores Clovis Ilgenfritz, Artur Zanella e Luiz
Fernando Záchia.
Convidamos o
Jornalista Werner Zots para fazer a entrega do Prêmio na categoria de
Reportagem, o Prêmio “Maurício Sirotsky Sobrinho”, à Jornalista Iria Pedrazzi.
(É feita a
entrega.) (Palmas.)
Passo a palavra
aos agraciados para que dela façam uso. Em primeiro lugar, a Jornalista Iria
Pedrazzi.
A SRA. IRIA PEDRAZZI: Primeiro, gostaria de dizer
que não sou de tribuna, sou melhor no texto escrito. Fico bastante nervosa,
estou emocionada, mas não poderia deixar de agradecer esta bela homenagem e a
presença de todos.
Realmente, o
que a gente tentou fazer por Porto Alegre a nossa Cidade merece. Nasci aqui.
Acho que Porto Alegre é muito bonita. A gente tem que abrir os olhos para isso
e continuar dentro do trabalho da gente. Claro, como disse o Jornalista Jayme
Sirotsky, há momentos em que vamos precisar mostrar o lado feio das coisas,
mas, no momento em que pudermos mostrar o lado bonito, teremos um retorno do
belo para a gente. E dentro deste momento conturbado que vivemos é importante
poder aproveitar o belo.
Muito obrigada
e desculpem. Estou bastante emocionada e nervosa. É uma honra receber o Prêmio
“Maurício Sirotsky Sobrinho”, sem dúvida. Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Sr. Leonid Strelaiev está com a palavra.
O SR. LEONID STRELAIEV: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Ao contrário da Iria, eu já sou mais chegadinho numa tribuna,
inclusive me candidatei a Deputado Federal, aqui no Rio Grande do Sul.
Infelizmente, não fui eleito, mas fiz votos para me eleger Vereador. Eu errei a
escolha, mas infelizmente não deu certo. Graças a minha querida mulher Débora,
que se encontra aqui presente, que me deu um grande puxão de orelha e fez com
que eu largasse definitivamente essas incursões pelo caminho político, que
realmente não era o meu caminho. Na verdade o meu caminho é mesmo a fotografia,
coisa com que eu tenho trabalhado e que tenho desenvolvido há quase trinta
anos. E quando a Vera. Clênia falou que havia percorrido um milhão de
quilômetros dentro do Rio Grande do Sul, não sei como ela descobriu isso, mas é
verdade mesmo. Nesses trinta anos eu tenho viajado pelo Rio Grande a trabalho
de uma empresa ou de outra. Agora mesmo, recentemente, conclui um trabalho da
Souza Cruz, na qual percorri uns quatro, cinco mil quilômetros por toda região
de produção do tabaco no Rio Grande para produção do próximo calendário do ano
que vem, mas é verdade que eu já percorri um número aproximado – se não é esse,
é aproximado – de quilômetros dentro do Rio Grande, o qual eu conheço como a
palma da minha mão. Eu já fiz, patrocinado por esta Casa, uma coleção de
cartões postais sobre Porto Alegre, que já devem ter sido todos distribuídos.
Gostaria de
agradecer este prêmio e espero continuar produzindo com o meu trabalho um
mostruário do nosso Rio Grande e da nossa querida Porto Alegre que hoje
completa 224 anos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Passamos a palavra ao Jornalista Luiz José
Biernfeld Figueiredo.
O SR. LUIZ JOSÉ FIGUEIREDO: Sr. Presidente Isaac Ainhorn
e demais integrantes da Mesa, é um alegria muito grande receber essa primeira
edição do Prêmio distribuído pela Câmara que leva o nome de Maurício Sirotsky
Sobrinho, e tenho algumas razões bem especiais que gostaria de citar nesta
ocasião: a presença da minha mãe, da minha irmã, das minhas filhas, de
companheiros tão queridos do período em que trabalhei na RBS – o Lauro
Schirmer, o Bastos, companheiros da Caldas Júnior, Walter Galvani e dois
queridos Vereadores com os quais eu tive a oportunidade de trabalhar em
veículos diferentes: o Antoninho, do qual eu fui uma espécie de secretário
não-nomeado, eis que eu trabalhava no “Correio do Povo”, em uma Mesa ao lado
dele, e, como nós sabemos, o Antoninho tem múltiplas atividades e eu ficava o
dia inteiro anotando os recados para a sua agenda. Foi um bom período, no
antigo “Correio do Povo”, no tempo do Dr. Breno. Partilhava de uma amizade e de
uma troca de experiência profissional tão boa como a do Antoninho. Depois, na
Guaíba também nos cruzamos. O Lauro Hagemann, um querido companheiro, com quem
tive duas oportunidades de trabalhar junto, uma na Rádio Guaíba, de 79 a 83, e
depois no projeto da Rádio Pampa, que nós acalentamos por bons quatro anos e
que, infelizmente, não prosperou. Com o Lauro, aprendi muito da decência da
ética que deve nortear a nossa profissão. O Lauro, na leitura dos textos,
sempre foi extremamente ético e sabia como ninguém interpretar - ainda hoje
sabe, temos prova disso na tribuna - o valor da palavra escrita, quando ela é
dita. Aprendi muito com ele e respeito até hoje todos os ensinamentos que dele
recolhi.
É importante,
também, a presença do Sr. Jayme, da Suzana, da Sônia, o irmão e as filhas do
Sr. Maurício, com quem eu também tive a oportunidade de trabalhar diretamente
na época em que estive na “Zero Hora”, na Rádio Gaúcha e na então TV Gaúcha,
partilhando nas áreas de jornalismo no rádio, na televisão, na divulgação, e
depois a chefia de reportagem na “Zero Hora”, já tenho o Lauro Schirmer como
meu diretor.
Temos também
aqui um outro querido companheiro com o qual eu já cruzei com enorme alegria em
várias empresas de Porto Alegre - o Carlos Bastos, nosso companheiro da “Zero
Hora”, da “Caldas Júnior”, da “Bandeirantes”, e que esteve no Governo Collares
por longo período, comandando a Comunicação Social do Governo. São motivos que
nos alegram e que justificam a nossa presença e a nossa alegria em receber esse
prêmio.
Queria deixar
uma proposta ao Ver. Isaac Ainhorn. Propondo que se faça um grupo de trabalho
com a participação da ARI, do Cói Lopes de Almeida, que está chefiando a
Imprensa da Câmara. Nós temos uma imensa dívida com a Câmara. Nós cobrimos
muito mal a Cidade de Porto Alegre. Falo isso com a experiência que adquiri com
os meus trinta e dois anos de rádio e TV em Porto Alegre. Não damos a devida atenção
à Cidade de Porto Alegre e, em especial à Câmara de Vereadores. Então, ofereço
a minha contribuição para que possamos encontrar uma equação para a cobertura
da Câmara de Vereadores pelos veículos de comunicação da Cidade.
Foi uma alegria
ter recebido um prêmio que leva o nome de um homem que dignificou e construiu
um império de comunicações em Porto Alegre e que orgulha o Rio Grande do Sul.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Antes de encerrarmos a Sessão, queremos
definir o requerimento formulado da tribuna pelo Luiz Figueiredo. Realmente, do
ponto de vista global, é importante fazermos uma reflexão sobre a cobertura dos
eventos da Câmara de Vereadores por parte dos veículos de comunicação. Tenho
reiterado isso e não há momento mais oportuno do que este, com a presença do
Jayme aqui conosco, do Telmo Flor. Vou usar, também, do “lobby” das influências
das mulheres, da Sônia e da Suzana, e também do Lauro Schirmer, que está aqui
para nos ajudar nesse processo. Acho que hoje deu para os senhores apreciarem,
fazerem uma avaliação e uma reflexão sobre a contribuição desta casa, do
conjunto das manifestações densas, de grande valor, dos Vereadores que fizeram
uso da tribuna, sobretudo no momento em que passamos, a partir desta semana, a
fazer uma reflexão sobre a questão de criação de uma lei de institucionalização
do Orçamento Participativo - em última análise, da participação da população na
definição das prioridades e na definição daquilo que é importante para o
próprio destino da Cidade. Tenho certeza de que, neste momento, o Maurício,
onde estiver, é um grande inspirador para uma idéia dessa natureza. Tenho
certeza de que os Senhores que vêm hoje prestigiar esse evento de homenagem aos
nossos vitoriosos neste prêmio da Câmara de Vereadores e da ARI terão
oportunidade de pensar e dar uma contribuição efetiva à Cidade, à Câmara
Municipal e a Porto Alegre, nossa Cidade, que hoje se encontra de aniversário e
que daqui a alguns minutos mais será objeto de uma Sessão Solene neste sentido.
Agradeço a
todos. Está encerrada a presente Sessão. Muito obrigado.
(Encerra-se a Sessão às
16h50min.)
* * * * *